Com a frequente demanda e realização de Due Dilligence nas aquisições a serem realizadas pela Incorporadoras, com o objetivo de investigar e diagnosticar eventuais questões que possam afetar uma aquisição pretendida, não só em aquisições de imóveis mas também em aquisições que envolvam a compra de quotas de determinada sociedade, o uso de novas ferramentas é sempre útil.
A Due Dilligence, que é o procedimento de análise capaz de identificar eventuais riscos, visando diminuir oportunidades frente as zonas de incertezas em operações empresariais, é o momento adequado à que se identifique a situação da empresa, por meio de análise técnica de riscos e oportunidades jurídicas, fiscais, contábeis, de forma a garantir que o negócio esteja conforme.
Dentre essa análise realizada com um olhar imobiliário, empresarial, fiscal, a contabilidade, ou melhor, a análise contábil, apresenta-se como instrumento de extrema importância, visto que é através das informações fornecidas, por meio de suas demonstrações que se poderá ter acesso e ter uma “visão” da situação econômica e financeira de determinada empresa.
É certo que essa análise se adapta a estrutura do negócio, ou seja, uma mera aquisição de uma Sociedade de Propósito Específico pode não gerar tantas preocupações quanto a aquisição de um grupo de empresas, com ativos imobiliários já envolvidos, além de outras obrigações e operações em andamento.
No caso, a provocação é no sentido de demonstrar que a contabilidade deve ser vista como instrumento fundamental em análises como as que destacamos acima, podendo ser utilizada para tomada de decisão com base nos dados coletados e apresentados.
Sendo assim, se justifica a importância, não somente de análise das certidões fiscais, forenses, e outras que completam o checklist necessário quando da realização de Due Dilligence, mas também, ter a preocupação de entender e analisar a situação contábil da empresa, de forma a mensurar e interpretar os dados apresentados e transformá-los em informações a serem utilizadas no planejamento, controle e tomada de decisão para a se prosseguir ou não com a aquisição.
Tais Gomes