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Funcionária viraliza ao postar sobre demissão e recebe resposta do ex-chefe

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    Eichenberg, Lobato, Abreu & Advogados Associados
  • há 3 dias
  • 3 min de leitura

Após ser desmentida pelo ex-chefe, influenciadora enfrentou críticas. Episódio expõe risco jurídico de transformar experiências de trabalho em conteúdo


Uma publicação nas redes sociais em que a ex-funcionária de uma startup relatava ter sido demitida por conta do avanço da inteligência artificial viralizou. Enquanto a história de superação ganhava apoio online o fundador da empresa apareceu para dizer que ela estava mentindo e que o motivo real da demissão foi baixo desempenho.

O caso começou quando Namya Khan, ex-funcionária de uma startup de tecnologia, publicou no X (antigo Twitter) que havia sido demitida de seu primeiro emprego após um alerta de seu gerente: seu cargo poderia ser automatizado por inteligência artificial. Segundo ela, um mês depois veio o desligamento. Em vez de desanimar, Khan afirmou que usou a experiência como motivação para empreender e abrir sua própria agência de design. “Seu pior dia pode ser seu maior ponto de virada”, escreveu. O post, realizado no dia 30 de abril, conta com mais de 1,8 milhões de visualizações e centenas de comentários.

A história ganhou novas versões quando Keswin Suresh, cofundador da startup (cujo nome não foi citado por Khan), decidiu rebater publicamente a narrativa. Ele alegou que a demissão não teve qualquer relação com IA, e sim com o desempenho da ex-funcionária. “Não se tratava de uma IA substituindo um emprego. Tratava-se de alguém que não estava fazendo o trabalho”, escreveu. Suresh também acusou Khan de “compartilhar a história” em busca de engajamento e marketing pessoal.



Ex-chefe rebate post original de Namya Khann na plataforma — Foto: Redes sociais
Ex-chefe rebate post original de Namya Khann na plataforma — Foto: Redes sociais


A internet se dividiu entre as duas narrativas. Parte dos usuários apoiou a atitude do fundador, argumentando em seu post com 2 milhões de visualizações, que as redes sociais estão repletas de relatos distorcidos. Outros criticaram o tom da resposta, apontando que Khan não citou nomes, e que a exposição pública por parte de Suresh foi desnecessária e, possivelmente, mais prejudicial à imagem da empresa do que a publicação original.


No Brasil, de acordo com Gabriela Tavares Brito, advogada da área trabalhista do Eichenberg, Lobato e Abreu Advogados, casos como esse ganham cada vez mais relevância à medida que profissionais usam as redes sociais como vitrine de suas jornadas. No entanto, o alerta é claro: “O ideal é que não haja qualquer tipo de exposição pública, especialmente nas redes sociais, considerando o amplo alcance e a velocidade com que as informações se propagam”.


Ainda que compartilhar a demissão em si não seja um problema ético, o cuidado está na forma como isso é feito. “A narrativa não pode, direta ou indiretamente, prejudicar a reputação da empresa. A liberdade de expressão existe, mas não é absoluta, ela deve respeitar os direitos de terceiros, inclusive ex-empregadores”, explica a advogada.

Mesmo que o nome da empresa ou de seus líderes não seja citado, como no caso de Khan, ainda há riscos. “Se a exposição resultar em prejuízo à imagem da empresa, ela pode buscar reparação por danos morais e materiais. A CLT [Consolidação das Leis do Trabalho] prevê essa possibilidade”, afirma Brito.

O profissional também pode sair prejudicado. “É necessário refletir se é saudável, para a própria reputação, deixar esse tipo de conteúdo disponível publicamente. Empresas observam esse comportamento e podem interpretá-lo como um sinal de impulsividade ou má gestão emocional.”

Para as empresas, a recomendação também é de atenção. “Antes de tomar medidas legais, é essencial compreender o que motivou o funcionário a se expor. Um desligamento mal conduzido pode ser o estopim para esse tipo de reação”, avalia. Ainda assim, quando há prejuízo real à reputação ou exposição de informações confidenciais, medidas judiciais são possíveis e legítimas.


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